‘Disrup’.. o que ? Se você não conhece essa palavra, está na hora de aprender. Ela está por trás das mudanças bruscas no mundo empresarial, na forma como consumimos produtos e serviços e no sucesso de empresas como Netflix, Google, Apple e Microsoft.
Mas estamos atuando em indústria global de trilhões de dólares, numa parte tão pequena que não tem tanto impacto”, afirma.
Já o aplicativo Uber, que oferece transporte em carros particulares e rivaliza com o táxi, também tem sido apontado como um disruptivo (apesar de nem sempre ser mais barato). “Qualquer um que entre em um mercado consolidado oferecendo outra solução, pode ser considerado disruptivo. A missão da Uber é melhorar a mobilidade urbana nas cidades. Oferecemos um modo fácil para uma pessoa solicitar os serviços de um motorista particular”, diz Fábio Sabba, porta-voz do Uber no Brasil.
No caso do Uber, há um entrave para a disrupção, pois ele atua em um mercado regulado. Para Leonardo Gomes, professor da FEA-USP, os governos precisam estar atentos para não alijarem as novas tecnologias. “Quando o automóvel surgiu, o governo britânico tentou proibir que os carros ultrapassassem a mesma velocidade das pessoas caminhando. Isso levou os empreendedores para os Estados Unidos”, lembra.
Entre as empresas de tecnologia, há uma corrida para se desenvolver inovações disruptivas. A aposta da Intel é na “internet das coisas”, ou seja, na comunicação entre objetos pela rede mundial de computadores. Os dados serão armazenados na nuvem. Difícil de visualizar?
Fernando Martins, diretor-executivo da Intel, exemplifica. “O painel do veículo vai ser conectado em uma série de serviços, como o seguro. A seguradora poderá monitorar como você dirige. O motorista consciente terá seguro mais barato”, diz. A Intel atua, por exemplo, em projetos com a GE para monitorar turbinas de avião, em que é é possível saber com precisão qual é o momento correto para fazer a manutenção de cada uma. “Hoje, a Intel está presente em 97% da nuvem. Há uma série de usos disruptivos que vão entrar na vida das pessoas, e a gente trabalha muito com futurismo, olhando dez anos para o futuro”, diz. Quem não fizer esse exercício de futurologia, pode acabar sendo “disruptido”.