O Design Thinking é o modo de se projetar, resolver problemas e criar soluções utilizado pelos designers. Essa metodologia se popularizou, e trouxe consequências bastante positivas para a sociedade, principalmente no que diz respeito ao surgimento de um design humanístico por parte das empresas, em que os problemas são observados de maneira holística e, de certa maneira, mais inclusiva. Porém, esse modo de pensar se tornou tão popular que as empresas passaram a adotá-lo antes de aprender a analisar se a ferramenta se encaixa com os resultados que ela deve buscar em determinada situação, ou seja, se seu uso é indicado para resolver aquele problema específico. Nesse artigo iremos apresentar dificuldades enfrentadas pelas empresas ao adotar o Design Thinking, para que sejam evitadas e recomendar alternativas que trazem melhores resultados para determinadas situações. Essas abordagens serão aprofundadas em próximos artigos.

Uma pesquisa feita pelo MIT com mais de 50 iniciativas de inovação nas quais foi utilizado o Design Thinking mostrou que dificilmente o processo é feito como a literatura sugere. Dentre as maiores dificuldades destacadas na pesquisa foram a dificuldade em adaptar o Design Thinking ao processos convencionais da empresa e a forma tradicional das empresas de organizar suas equipes.

No âmbito dos conflitos processuais, o atrito entre as empresas e a metodologia do Design Thinking ocorre porque as organizações estão acostumadas a entregar produtos previsíveis, de maneira repetitiva, enquanto a ferramenta necessita de uma visão abstrata em seu processo. Além disso, as lideranças das organizações costumam ser céticas com a ferramenta, porque estão acostumadas com medições precisas, e os resultados do uso do Design Thinking são difíceis de ser mensurados. Já no caso a organização das equipes, estas geralmente são divididas em departamentos e hierarquizadas dentro empresas, e isso pode se tornar um empecilho para o uso da ferramenta porque a ferramenta propõe equipes horizontais e autônomas para alcançar os resultados. Dessa maneira, é importante identificar se a empresa está organizada de uma forma em que se encaixe com essas premissas da ferramenta.

O Design Thinking é utilizado, sobretudo, em ambientes que trabalham com a inovação. Porém, inovação é uma definição muito abrangente, é necessário identificar algumas características do processo em que a empresa está inserida para que soluções mais específicas sejam obtidas. Selecionamos algumas circunstâncias para serem analisadas que estão expostas na tabela abaixo. A tabela mostra as diferentes situações em que a empresa pode estar inserida e a relaciona com os resultados que a organização busca atingir. Por fim, ela apresenta uma comparação dos resultados da abordagem do Design Thinking com a que foi sugerida pela innovationSEED para cada caso. Em próximos artigos postados na página serão exploradas cada uma dessas ferramentas.




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